quarta-feira, 24 de setembro de 2014

LITERATURA

Literatura

Pode-se definir a literatura como arte de falar e escrever segundo as leis da estética da palavra. Não é qualquer obra escrita e falada portanto, que deve ser considerada como objeto de estudo da literatura: apenas aquela obre que é capaz de despertar o sentimento de obra de arte, a emoção e a beleza, ou tristeza e depressão (conforme a finalidade do texto), essa é considerada obra literária. 
A literatura tem por objeto a obra literária. E esta, em sentido estrito, pode ser definida como a produção intelectual escrita e falada. 
Sob o ponto de vista estético, como já dissemos, só consideramos uma obra literária quando esta nos traduz sensações reais que o escritor quer transmitir - enfim, quando nos traz a sensação do belo. Uma crônica pode ser uma obra literária mas nunca um artigo meramente descritivo de uma notícia do dia.
Distinguimos na obra literária a matéria e a forma. A matéria, ou o conteúdo, é constituída pelas ideias; a forma, ou o continente, vivificada pelo sentimento, trabalhada pela arte é o estilo. A arte literária se aplica de preferência porque é por meio dela que a matéria adquire existência. 
Naturalmente, a distinção acima é meramente didática e teórica. Na prática, matéria e forma são uma só coisa, não podendo separar-se uma da outra. É impossível exprimir uma ideia que não tenha uma forma que a exprima da melhor maneira. Quando se muda a forma, muda-se também a ideia, e assim a modificação da ideia arrasta consigo também a modificação da forma. A obra literária possui duas espécies de forma: a forma literária, a que chamamos estilo, pertinente a obra literária em seu sentido estrito; é o sentido estético. Outra é a forma não literária que pertence a qualquer obra literária que careça do elemento artístico. Essa não revela característica pessoal alguma, nem tem qualquer traço de linguagem distintivo e impressionante. Arte literária, como já dissemos, só se ocupa da primeira. 
Extensão do termo literatura: A princípio, estendia-se o termo literatura a todas as ciências e também às artes liberais. Isso se explica, pois o nome grego técne - arte - indica que sua essência está na criação de formas, e nada há que dê uma ideia mais perfeita dessa criação que a palavra. 
Entretanto, com o correr do tempo verificou-se a necessidade de tornar mais restrito e exato o domínio do termo literatura. Circunscreveu-se então sua extensão às belas-letras, abrangendo especialmente a poesia, a prosa e a história. 
A arte literária: Pode-se definir a arte literária como o conjunto de preceitos segundo as quais deve ser composta a obra literária, afim de que nos possa emocionar. Em outras palavras, poderia ser considerada a arte literária como o meio adequado de representar o belo literário. 
O objeto da arte literária é a obra literária, sob o ponto de vista estético. 

Enciclopédia Pradec Cultural, Vol IV, pg. 1311 

terça-feira, 23 de setembro de 2014

AMOR ELEFÂNTICO

AMOR ELEFÂNTICO


Há algum tempo, o "Jornal Nacional" informou que, correndo atrás do seu amado, uma elefanta apaixonada caiu num fosso de um jardim zoológico. Muita gente estranhou a palavra "elefanta". Não seria "elefoa", como ensinam muitos professores? Não. 
Consulte os dicionários. É "elefanta" mesmo. No verbete "elefante", o "Aurélio" chega a ser explícito e categórico ao dizer que o feminino é "elefanta"e que "não existe a forma elefoa". 

 (Nossa Língua curiosa: uma dica do professor Pasquale) 



INÍCIO DA PRIMAVERA - 22/09

A PRIMAVERA E ALGUNS NOMES (COMPOSTOS) DE FLORES

Não são poucas as flores que têm nome composto: "amor-perfeito", "sempre-viva", "boca-de-leão", "brinco-de-princesa", "copo-de-leite", etc. Como se faz o plural desses nomes? O caso de "amor-perfeito"é simples: trata-se de um substantivo composto formado por um substantivo ("amor")e um adjetivo ("perfeito"). O plural é feito com a flexão dos dois elementos: "amores-perfeitos". A nossa "sempre-viva" é exemplo de composto formado por uma palavra invariável ("sempre") e um adjetivo ("viva"). Só se flexiona o adjetivo: "sempre-vivas". Os demais exemplos se encaixam no mesmo caso. Trata-se de substantivos compostos formados por substantivo + preposição + substantivo. Nesses casos só se flexiona o primeiro elemento: "bocas-de-leão", "brincos-de-princesa", "copos-de-leite".

Pasquale Cipro Neto - Nossa língua curiosa