As histórias são do agrado das crianças principalmente dos menores e o humor, a alegria e o gosto pela vida são as principais características destas histórias porque não se tem a intenção de contar uma história que deixe uma criança triste e, muitas vezes, utilizamos essa ferramenta para podermos nos aproximar de assuntos polêmicos.
Quanto as fases de desenvolvimento intelectual , Cunha (1984, p.60) nos mostra que, quanto a isso é muito importante o estágio de desenvolvimento da criança , especialmente no tocante ao domínio do código verbal escrito.
Para a fase dos pequenos, os livros costumam ser maiores que o normal, e muitos ganham o formato do personagem principal, seja um animalzinho ou uma criança e para os alunos que começam a ler, segundo Cunha (1984),
Ainda deve predominar a ilustração e o texto também pequeno, deve apresentar-se em letras grandes e redondas.
À medida que a criança evolui na leitura, vão-se reduzindo as ilustrações em favor do texto, cujas letras também diminuem até o formato e o tamanho normais, o mesmo acontecendo com o próprio livro. (CUNHA, 1984, p.84)
Percebe-se que o aspecto visual não deve ser descuidado pelo professor que tenha por objetivo desenvolver no seu aluno a habilidade de leitura e também a habilidade de saber ouvir e observar as imagens que lhe são apresentadas.
Exponde as fases de interesse pela leitura Cunha (1984) discorre que, para o interesse da literatura infantil, consideramos três fases na evolução psicológica da criança, apenas como ponto de referência porque sabemos que cada criança possui o seu limite de aprendizado, e menciona as fases abaixo:
Na fase do mito se encontram as crianças de 3 / 4 a 7 / 8 anos. Predomina nelas a fantasia, o animismo: tanto quanto as pessoas, os objetos tem para a criança alma, reações.
Não existe para ela diferença entre realidade e fantasia, e a leitura a ser feita para a criança desta época é a que também não faz essa distinção: a literatura de maravilhas. Os contos de fadas, as lendas, os mitos e as fábulas são especialmente adequados a essa idade.
A segunda fase (7 / 8 a 11 / 12 anos) se caracteriza pelo conhecimento da realidade. Interessa-se pela experiência do homem e da ciência. Valoriza o esforço pessoal, o engenho do herói para vencer os obstáculos. Os relatos tornam-se mais próximos da realidade imediata que a fada.
A terceira fase (11 / 12 anos até a adolescência) é a do pensamento racional. Começa na criança o domínio das noções abstratas. Caracteriza-se por uma segunda fase egocêntrica, mas diferente da que ocorre a partir dos 3 anos, por ter caráter social. Preocupa-se consigo, mas em relação com os outros. Isto explica bem o elemento erótico, pela preocupação sexual, que começa a existir. As questões pessoais adquirem valor extraordinário, daí o interesse pelo romance em geral. A literatura romântica , pelo caráter de seus heróis e por seus temas, é muito bem aceito nessa idade.
Apesar de meninas e meninos terem interesses diferentes nessa fase, na leitura essa diferença não é tão marcante. Apenas podemos notar por parte das meninas uma tendência maior à realidade, numa mistura talvez com características da primeira fase, ou com o romantismo da terceira. (CUNHA, 1984, P.78)
De acordo com a citação, percebe-se que o respeito entre as fases no desenvolvimento intelectual da criança precisa ser respeitada, principalmente, pelo professor que irá despertar no aluno o interesse em realizar novas descobertas através da leitura.
Ligiane Scotti
CUNHA, Maria Antonieta Antunes. Literatura Infantil: teoria e prática. 2ª ed. São Paulo: Ática, 1984.
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